08 setembro, 2009

Te amo

É uma manhã ensolarada de domingo, iguais àquelas em que costumávamos caminhar de mãos dadas pelo Leblon. Nas manhãs de domingo aquelas esquinas eram nossas, o mirante era nosso, o Dois Irmãos era nosso. Estou deitado na cama, acordando, e os raios solares já invadem meu quarto. Em poucos minutos tudo que vivemos virá à tona, estarei no meu estado mais frágil, novamente ardendo em saudade sua. Na cama, retornarei ao meu passado mais feliz e tentarei reconstruir no meu sonho o que poderíamos ter sido.

E nesses dias de temperatura amena relembrarei já sem lágrimas nos olhos nossos momentos de verão escaldante. E relembrarei os seus cabelos loiros com mechas azuis que você teimava em dizer que eram roxas. E me recordarei de cada um dos seus sorrisos, do jeito que coçava a cabeça, que espremia os olhinhos para entender e de suas mãos doces, pequenas, mas aconchegantes em torno de mim. E me lembrarei, mais de uma vez, exatamente do momento anterior ao nosso primeiro beijo, nossos olhos querendo e nossos corações também. E nesse momento sentirei um grande vazio. E saudade sua. Somente sua.

E será como se tivéssemos voltado ao que sempre tivemos. O mirante, as esquinas e o Dois Irmãos. E nesse momento você diria o que só mesmo sua boca foi capaz de dizer. “Eu te amo”.

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